Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Irmãos, Amantes Da Mesma Cruzada


Olho para ti e vejo-te como um ser indecifrável.

Na minha mão amadureces

Como a fruta que retirei da árvore.
Cheiro-te, eu que não dou ao cheiro tamanha importância.
Mas cheiro-te para tentar perceber se o erro na interpretação
É meu, se carrego em mim essa impossibilidade.

Olho para ti 
E vejo-te como um ser indecifrável.
As tuas lombadas douradas lembram-me qualquer coisa
Que não me é forasteiro,

Como esses olhos impertubáveis
Que me são vedados.

Olho para ti
Enquanto sublime,
Atarefada,
Vagueias
Por este mundo:

Como gostava de te chamar
Um objeto meu e decifrável:

Parece que partilho contigo todos os segredos do mundo,
Parece que nascemos irmãos 
Da mesma demanda
E da mesma cruzada.

Por detrás da rebeldia dos teus olhos
Consigo chegar-te ao coração.

Olhas-me!
Olhas-me com esse sorriso

Traquina
Em forma de meia lua.

Estás aqui novamente
Ao meu lado.

(Estarás sempre cá
Mesmo que não me queiras).

Estarei aqui,
Presente,
Até ao meu fim dos meus dias
Ou até te tomar,
Minha amada,

Como um ser decifrável

Que para sempre quero

Ter nos meus braços. 
 ©PAS


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